4º Encontro

“Ela deu à luz o seu filho, o primogênito, envolveu-o em faixas e deitou-o numa manjedoura.” (Lc 2,7)

1. INTRODUÇÃO À PALAVRA DE HOJE

Dirigente: Vamos contemplar hoje o local onde Jesus nasceu (pedir que todos olhem para o presépio). A palavra presépio vem de Praesepe que significa uma estrebaria, um estábulo, local onde se colocam os animais. Ali Maria dá à luz o seu filho primogênito, envolve-o em faixas e o coloca numa manjedoura... no comedouro dos animais, que Maria, na sua necessidade, lê como um berço. A estrebaria e a manjedoura são um “não” aos modelos mundanos, um “não” à fome de poder, um “não” ao que está estabelecido. Deus entra no mundo do ponto mais baixo, para que nenhuma criatura nunca mais esteja por baixo, para que ninguém fique de fora do seu abraço que salva.
Todos: No presépio pequenino, Deus é hoje nosso irmão.


2. PREPARAR PARA OUVIR A PALAVRA

Leitor 1: Por um decreto do imperador, Maria e José se viram obrigados a partir. E Jesus nasce no lugar mais improvável e é colocado numa manjedoura dentro de uma estrebaria. O Filho de Deus nasce fora da cidade, numa noite silenciosa de Belém, no coração da Terra, numa estrebaria.
Todos: Não havia lugar para eles na hospedaria!

• Leitura de Lc 2,1-12


3. MEDITAR A PALAVRA DE DEUS

Dirigente:
a - Contemple o local do nascimento de Jesus. Lembre-se de que é noite e há os “cheiros” dos animais e um recém-nascido envolto em panos. O que a manjedoura diz sobre Deus? O que diz sobre nós?
b - O que significa não encontrar lugar para nascer?
c - O que terão Maria e José aprendido desta experiência?


4. APROFUNDAR A PALAVRA DE HOJE

Dirigente:
Leitor 2: Maria deita o filho numa manjedoura, com José ao lado, testemunha e guardador daquele mistério no qual é envolvido. Tudo acontece na noite, no silêncio, na condição humaníssima de uma mãe que dá à luz um filho. Ninguém conhece aquele casal, ninguém o acolhe, ninguém se dá conta de nada. O menino chora, deseja ser cuidado e é acolhido e amado pela mãe que o deu à luz.
Todos: Naquela manjedoura está a razão da nossa alegria.

Leitor 3: Jesus veio ao mundo sem um lugar para nascer e viver. Foi acolhido, de improviso, numa manjedoura, na periferia de Belém. Ele se fez presente no lugar onde se encontravam aqueles que não tinham “lugar”, os socialmente rejeitados e que foram a razão de seu amor e do seu cuidado. Deus torna-se criança e coloca-se na condição de dependência total, própria de um ser humano recém-nascido. Deus faz-se pequeno e necessitado do amor humano. Deus está numa estrebaria.
Todos: No presépio está o mistério do amor de Deus.

Leitor 4: A estrebaria é o lugar da mais pura beleza, o lugar de um novo amanhecer para o mundo. Colocar nosso olhar nesse espaço é perceber a singeleza da presença d’Aquele que, onde o cheiro de esterco era forte e os animais estavam próximos, ilumina todos os lugares, sobretudo aqueles onde estão os mais excluídos. Beleza de todas as coisas que são belas é o recém-nascido sobre palhas: Jesus Cristo.
Todos: A estrebaria é o lugar da mais pura beleza!

Leitor 5: O final do ano traz o cansaço, o ativismo, as correrias e ansiedades que acabam impedindo uma preparação mais intensa para o Natal. Também o modo como celebramos o Natal em nossas casas, às vezes, se distancia muito da estrebaria de Belém. Consumismo, superficialidade, vazio, são traços que não permitem uma vivência profunda do Natal. Nossa missão neste Natal é recolocar Jesus na manjedoura da vida, ter Deus no colo, no coração, para afagá-lo com carinho, expressando para Ele o quanto significa para nós e quanto precisamos Dele.
Todos: Deus menino, vem e não demores mais!


5. COMPROMISSO COM A PALAVRA

Organize sua “cesta natalina”, coloque suas experiências e desejos de tolerância, compreensão, alegria, acolhida, proximidade, generosidade, solidariedade.
Procure conhecer os lugares onde a ação evangelizadora de nossa Arquidiocese está presente através dos Vicariatos: para Ação Social e Política e para Vilas e Favelas. Pesquise no site www.arquidiocesebh.org.br/social os projetos sociais e os que estão sendo desenvolvidos em vilas e favelas.