Dirigente: Todos somos sensíveis ao nascimento de uma criança. E nos percebemos, de alguma maneira, sensibilizados na presença de um bebê. A chegada de uma criança muda a vida dos pais, a rotina da família. No caso do nascimento de Jesus, a mudança é mais radical ainda. Ele transforma nossa maneira de compreender Deus. O nascimento de Jesus nos convida a repensar a imagem de Deus e, mais ainda, a nossa forma de sermos humanos.
Todos: O povo que andava nas trevas viu surgir uma grande luz! (Is 9,2)
Leitor 1: A cena do nascimento de Jesus pede tempo, silêncio, presença, assombro. Deixemo-nos afetar por ela. Jesus é a ternura e a doçura do Deus, que salva. A contemplação desse Menino na manjedoura revela que Deus, na sua Misericórdia, assumiu a aventura humana desde o início e até o fim.
Todos: Glória a Deus nas alturas e paz na Terra a quem Ele quer bem. (Lc 2,14)
• Leitura de Lc 2,11-12.16
Dirigente:
a - Contemple Jesus na manjedoura (tempo de silêncio).
b - Olhando para o menino Jesus, o que Deus nos diz de Si mesmo?
c - O que a humanidade desse menino diz de nós mesmos?
Dirigente:
Leitor 2: Dizia Santo Agostinho que os pais “nascem” com os filhos. Um pai só o é no momento em que há filho; e vice-versa. O fato de, nos Evangelhos, Jesus Se referir constantemente a Deus como seu Pai, associado à sua forma de viver, falar e agir, fez com que, ao tentar perceber afinal quem é Jesus, as primeiras comunidades cristãs dissessem: “Jesus é o Filho de Deus”.
Todos: Deus em sua infinita bondade assumiu a nossa carne no seio de Maria.
Leitor 3: O Natal é a celebração de um Deus-menino, que está chorando entre animais, e que não desperta medo nem julga ninguém. O amor eterno necessita do colo de uma mulher, ser cuidado e abraçado. Contemplar o rosto do Menino-Deus é, ao mesmo tempo, contemplar o mais profundo do coração humano, carregado de mansidão, bondade, ternura, misericórdia. Diante da manjedoura, brota o desejo profundo de sermos mais humanos, de sermos aquilo que já somos refletido no rosto daquele Menino.
Todos: E o Amor se fez criança e precisa de nosso colo.
Leitor 4: Há muitas pessoas que, mesmo tendo fé, passam a vida aspirando a ser “como Deus”. E, ao forçar tanto querer ser “divinos”, deixam de ser verdadeiramente humanos. Talvez porque a glória nos atrai e queremos a todo custo ser importantes, destacar-nos, ser notados... Encanta-nos quem é poderoso e importante. Deus escolhe o caminho inverso. Deus se deu a conhecer, fez-se presente e se manifestou no “humano”. E precisamente no mais humano: uma criança, sem “títulos”, de condição humilde e em circunstância de pobreza, desamparo e perseguição. O “divino” se fez presente em um recém-nascido, numa estrebaria, entre palhas e animais.
Todos: Deus amou tanto o mundo que enviou seu Filho.
Leitor 5: Façamos um Natal mais próximo do Menino Jesus nascido humildemente e em lugar de “dar presentes”, podemos nos “fazer presentes” às pessoas, sobretudo aos famintos e necessitados. Assim a solidariedade e a ternura abrirão passagem frente ao individualismo, ao egoísmo e ao consumismo que marcam este tempo do Natal.
Todos: É preciso abrir o coração à chegada salvadora do Menino Deus.
Faça um Natal simples, solidário, alegre... sem luxos. Tenha presente, em seu coração, todas as pessoas que sofrem e que são as preferidas de Deus Pai e Mãe.
O grupo da Novena pode descobrir na Comunidade uma família com recém-nascido que está precisando de ajuda. Todo o grupo poderá colaborar.