Dirigente: A cena é a mesma: o nascimento de Jesus. Mas hoje vamos contemplar a figura dos pastores que neste texto representam os pobres, os que cultivam sensibilidade e vigilância. Para os que vivem na cidade, talvez essa cena do Evangelho de Lucas pode parecer estranha. Os pastores guardavam o seu rebanho na periferia da cidade de Belém na noite em que Jesus nasceu. Eram homens pobres e humildes. Foram os primeiros a se deslocar para levar um pouco de calor à fria estrebaria naquela noite de Belém.
Todos: Os pastores são testemunhas e mensageiros do Natal.
Leitor 1: Enquanto os pastores trabalhavam, um anjo aparece e comunica a boa notícia: nasceu o Salvador, o Messias. Os pastores encontram uma surpresa inesperada: um recém-nascido deitado na manjedoura.
Todos: Vamos a Belém ver o que aconteceu, ver aquilo que o Senhor nos mostrou. (Lc 2,15)
• Leitura de Lc 2,8-20
Dirigente:
a - Como reagiram os pastores ao encontrar Maria e José? Teriam preparado uma fogueira na noite fria? Teriam se preocupado com o bebê e Maria?
b - Como reagiram ao ver o bebê? O que viram os pastores para sentirem-se cheios de alegria e gratidão?
c - Quem são os pastores de hoje?
d - Como você vê as coisas de todos os dias? Tem olhos para ver Deus em cada dia?
Dirigente:
Leitor 2: Deus envia seu mensageiro aos pastores, gente desprezada. O contato com animais e a terra os tornavam impuros e, por isso, “pouco recomendáveis”. Eles não dormiam simplesmente nos campos, mas viviam nas margens exteriores da comunidade. Eles nem sequer são considerados dignos de ir ao templo para encontrar o Senhor. Mas é a estes últimos da sociedade que é dirigido o anúncio, a boa notícia que é alegria para todo o povo. Eles são os primeiros destinatários por direito desta boa notícia:
Todos: Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós o Salvador, que é o Cristo Senhor.
Leitor 3: Os pastores eram atentos e vigilantes. De noite vigiavam, perto das suas ovelhas. Num outro sentido mais profundo a vigilância era também disponibilidade para ouvir e se colocar a caminho. Eram pessoas disponíveis à Palavra de Deus. O seu coração estava aberto à espera de Deus. Os pastores estavam à espera da luz que lhes indicasse o caminho. E isso é o que interessa a Deus.
Todos: Deus procura pessoas vigilantes, atentas à sua Palavra.
Leitor 4: Aos pastores é dado também um sinal, uma indicação para que possam ver e compreender: nada de extraordinário, mas, de novo, uma realidade profundamente humana. Eles encontram uma criança. Nada os tinha preparado para aquela trouxinha de roupa agitada e aquela mãe, que, inclinada para o seu Filho na manjedoura, parecia estar surpresa pela sua vida frágil e indefesa diante dela. Estava ali o Salvador do mundo. Contemplam-no: os seus olhos são os olhos de Deus, a sua fome é a fome de Deus, aquelas mãozinhas que se estendem para a mãe são as mãos de Deus estendidas para eles.
Todos: O Menino é a realização da promessa de Deus!
Leitor 5: Os pastores de hoje são todos os que cultivam a escuta atenta da Palavra de Deus, a vigilância, a espera, o coração aberto e disponível. Os pastores de hoje são os que estão à margem, nas periferias geográficas e existenciais e, mesmo assim, no dia a dia sofrido, duro e injusto, são capazes de enxergar a ternura de Deus, na flor preferida que floriu, na conversa com um amigo, na labuta diária, num céu cheio de estrelas, numa noite de lua cheia, no sorriso de uma criança... Enfim, os pastores de hoje são todos os que são capazes de louvar a Deus, mesmo em meio as situações mais difíceis, e proclamar a sua vontade: a paz!
Todos: Glória a Deus no mais alto céus e paz na Terra aos homens de boa vontade!
Converse com Deus, motivado pela atitude dos pastores e peça disposição para ser, como eles, testemunha do Natal.
Olhe para seu dia a dia e medite sobre os sinais da ternura de Deus na sua vida. Louve a Deus, agradeça por tudo.